Solenidade marca abertura de exposições no Espaço Cultural Unifor


O evento aconteceu na noite do dia 10 de agosto e contou com a presença dos gestores da Fundação Edson Queiroz e importantes artistas plásticos.

 
A mostra “Imagens Impressas: um Percurso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural” está aberta para visitação até o dia 11 de outubro (Foto: Ares Soares/Unifor)

Na noite de 10 de agosto último, o Espaço Cultural Unifor foi palco de abertura de duas novas exposições: “Antonio Bandeira: um abstracionista amigo da vida” e “Imagens Impressas: um Percurso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural”. A solenidade contou com a presença dos gestores da Fundação Edson Queiroz, Universidade de Fortaleza, Grupo Edson Queiroz e Instituto Itaú Cultural, além de alunos, professores, artistas plásticos, empresários e imprensa, entre outros.

A solenidade teve início com o pronunciamento de presidente da Fundação Edson Queiroz, srª Lenise Queiroz. Emocionada, lembrou o legado do ex-chanceler Airton Queiroz nas artes plásticas brasileiras, destacando o seu amor pelas artes e por empenhar a sua vida em fazer da Unifor referência no incentivo não só à educação, mas também à arte e à cultura. “Nós estamos passando por uma saudade muito grande. Tudo aqui lembra o eterno chanceler Airton Queiroz, tudo aqui tem a cara dele, a gente senta numa cadeira e lembra dele. Por ser um apaixonado por verde, pelos pássaros, pelas fontes, não tem nada aqui que não lembre o Airton Queiroz”, enfatizou

O presidente do Instituto Itaú Cultural, Eduardo Saron, reconheceu a Fundação Edson Queiroze e o Espaço Cultural Unifor referências das artes plásticas brasileiras pelo constante empenho em trazer as melhores exposições para Fortaleza. “Muito nos emociona poder, de alguma forma, fazer parte deste momento histórico. Queríamos ficar mais próximo desta fundação porque, de fato, vocês têm um dos grandes acervos deste país”, declarou. Em seguida, a presidente da Fundação Edson Queiroz declarou abertas as exposições, convidando todo o público presente a apreciar as duas exposições.

Quem ficou no piso térreo do Espaço, pode avaliar a exposição “Imagens Impressas: um Percurso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural”. Com curadoria de Marcos Moraes, a mostra mapeia cinco séculos da produção gráfica europeia, com total de 148 das 451 imagens impressas que compõem este acervo. São apresentadas, de forma didática, as diferentes técnicas de gravuras dos séculos XV a XIX. “Imagens Impressas” já passou pelas cidades de Santos e Curitiba.

O curador da obra, Marcos Moraes, observa que a imagem impressa acompanha a humanidade desde os seus primórdios, e podemos remontar essa trajetória às primeiras mãos marcadas, por meio de pigmentos, nas paredes de grutas e cavernas. De acordo com ele, as primeiras imagens impressas são xilogravuras produzidas no século XV, e, a partir desse período, aprimoram-se as técnicas: são incorporadas inovações e é desenvolvida a linguagem gráfica. “Trata-se de um recorte representativo, pela diversidade de técnicas, temas e destinações das gravuras. Esta seleção nos permite pensar na linguagem gráfica e em outros caminhos de leitura e interesse ao longo desse fascinante empreendimento que foi a produção de imagens impressas”, afirma o curador.

A Fundação Itaú Cultural possui mais de 15 mil itens em seu acervo, distribuindo-os em exposições em todo o país, se tornando, assim, o maior acervo corporativo do Brasil. Para o Vice-reitor de Extensão da Unifor, professor Randal Pompeu, a seleção de obras ali apresentada reúne gravuras de grande importância para a história da arte mundial e dialoga com livros da Biblioteca de Acervos Especiais da Unifor, como, por exemplo, os que se referem ao arquiteto veneziano Piranesi. “A exposição é fruto de mais uma parceria entre a Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, e o Itaú Cultural, instituições que têm em comum a convergência entre arte, cultura e educação”, explica o professor.

Já quem visitou o 2º andar do Espaço Cultural Unifor pode observar a exposição “Antonio Bandeira: um abstracionista amigo da vida”. Com realização da Fundação Edson Queiroz e organização da Base7 Projetos Culturais, a mostra tem curadoria de Regina Teixeira de Barros e Giancarlo Hannud. Pioneiro do abstracionismo no país, Antônio Bandeira ganha exposição individual com 91 obras do artista, abrangendo diversos períodos de sua produção. Em breve, seu trabalho será reunido em catálogo raisonné parcial patrocinado pela Fundação Edson Queiroz.

“Os delicados guaches e aquarelas, nos quais a sutileza e a poesia imperam, pontuam a trajetória do artista e se contrapõem, na década de 1960, aos trabalhos mais experimentais, realizados com materiais não tradicionais como miçangas, fitas adesivas e tinta automotiva”, aponta a curadora Regina. “Bandeira permaneceu sempre à margem de escolas e estilos, jamais emprestando seu nome às declarações de fé estética tão em voga naquele momento”, completa Giancarlo, que também coordenou todo o levantamento de obras do artista e a pesquisa para o catálogo raisonné parcial.

Quem esteve presente na exposição foi o artista plástico Francisco Bandeira, sobrinho de Antônio Bandeira. Ele elogia o trabalho desenvolvido com as obras do seu tio. “Vendo essa exposição do Bandeira, nós temos uma aula do que ele fazia, desde a tela pequena a uma tela grande. Eu, como membro da Fundação Antônio Bandeira, estou muito contente com a criação do catálogo raisonné porque ele possibilita uma melhor leitura da obra do meu tio”, reconheceu.

As exposições estão abertas ao público, com entrada gratuita, no Espaço Cultural Unifor, localizado no Campus da Universidade de Fortaleza (Av. Washington Soares, 1321 – Edson Queiroz), de terça a sexta, das 9h às 19h; sábados e domingos, das 10h às 18h. Mais informações: (85) 3477.3319 ou pelo e mail [email protected].

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